Civis e com foco na técnica: conheça a maior turma de formação de oficiais da Polícia Militar do Ceará.
Começou ontem
(08/06/15), na Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP|CE), o
segundo semestre da primeira turma do Curso de Formação Profissional para a
Carreira de Oficiais da Polícia Militar do Ceará. A turma, com 200 alunos, é a
maior da história da corporação no estado. Além disso, o curso possui um
caráter inovador e único no Brasil.
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| Alunos do Curso de Formação Profissional para a Carreira de Oficiais em formação de guarda-bandeira. (Foto: AESP|CE) |
O concurso de
admissão, para o qual foi exigido nível superior completo, tem o período de
formação, de um ano e meio dividido em três semestres, como uma de suas fases.
Por esta razão, os alunos ou candidatos são civis durante o curso, que não é
realizado em regime de internato, embora exija dedicação integral (Veja o
edital completo aqui).
A condição de
civis não impede os alunos de receberem instruções militares como ordem unida
(veja vídeo aqui), ou policiais, como tiro e técnica policial. Ao contrário, o
curso tem se mostrado extremamente técnico e sem registros de qualquer abuso
durante a formação.
O tenente PM Anderson Duarte, um dos editores do Policial Pensador, assim escreveu sobre
essa nova turma de oficiais da PMCE (Leia o artigo "Novos oficiais para uma nova polícia" aqui):
Refletindo sobre a chegada desses
novos oficiais, penso que o ingresso de pessoas com formação superior trará
significativas mudanças para a instituição. Principalmente porque tomarão posse
no cargo jovens mais maduros, que trarão suas experiências acadêmicas para
dentro da Polícia Militar. Teremos então comandantes ainda mais pensantes e
apegados aos direitos e liberdades proporcionados pela democracia. Não
formaremos mais bacharéis em segurança pública, mas, em compensação, ganharemos
em diversidade de pensamento e conhecimentos.
O Policial
Pensador ratifica este pensamento e deseja sucesso aos futuros oficiais da
Polícia Militar do Ceará, esperando vê-los o mais rápido possível nas ruas,
onde esse novo modelo de formação deverá ser colocado à prova.
Certamente o ingresso de oficiais com nível superior é um grande avanço para a PM e o CBM. Porém faço uma ressalva que percebo ser opinião da ampla maioria dos alunos: há um problema enorme nesse modelo de curso civil, que não deveria ser repetido em futuros concursos. O fato de sermos meros candidatos nos coloca em situações delicadas durante todo o longo tempo de curso (18 meses). Se já fôssemos servidores públicos desde o início do CFO, teríamos maior segurança jurídica em eventuais problemas. No primeiro semestre andamos "pisando em ovos" com medo de sofrermos lesões físicas, que prejudicariam nosso desempenho no TAF, e que poderiam acarretar em eliminações. Também não podemos tirar serviços operacionais, atender ocorrências em viaturas, etc, pois não temos amparo legal do estado. Isso gera grande prejuízo na nossa formação técnica. Seria essencial que os alunos-candidatos, ao serem nomeados, já tivessem alguma experiência prática em situações reais de ocorrências. Até porque seremos comandantes da tropa. Enfim, não precisaríamos viver em um regime de internato para sermos efetivamente cadetes.
ResponderExcluirParabéns a PMCE por mais uma inovação.
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