Opinião: mais armas - menos vidas - mais lucros
A Câmara Federal instalou neste mês uma comissão especial para debater o Projeto de Lei (PL) 3722/2012, que revoga o Estatuto do Desarmamento e estabelece regras mais brandas para o porte de arma de fogo. Hoje, mesmo com todo o controle imposto pelo Estatuto, circulam no Brasil 15,2 milhões de armas em mãos privadas, sendo 6,7 milhões registradas, 8,5 milhões não registradas e dentre elas 3,8 milhões em mãos de criminosos.
Mais armas - menos vidas - mais lucros |
O tema é realmente bastante polêmico e existem argumentos que sustentam a eficácia do Estatuto, e outros argumentos que mostram justamente o contrário. O fato é que morreram no Brasil (2010) 38.892 cidadãos vitimados por bala, correspondendo a 108 mortes por armas de fogo a cada dia do ano. Isso considerando que no Brasil não existem conflitos religiosos ou étnicos, disputas territoriais ou guerra civil, mas mesmo assim consegue exterminar mais cidadãos pelo uso de armas de fogo do que muitos conflitos armados contemporâneos, como a guerra da Chechênia, a do Golfo, as várias Intifadas, as guerrilhas colombianas ou a guerra de libertação de Angola e Moçambique.
O debate sobre o assunto está tomando corpo no país. É comum ouvir de pessoas contra a manutenção do Estatuto, a afirmação de que ele falhou no combate a violência. Particularmente, entendo ser a violência um fenômeno plural, dinâmico e multicausal. Nesse contexto, o Estatuto é apenas mais uma estratégia de diminuição da violência. Mas, apesar das críticas, ao verificarmos os números percebemos que nos nove anos anteriores a criação do Estatuto (1995 a 2003), a taxa de homicídios aumentou 21,4%. Nos nove anos seguintes, de 2003 a 2012, a taxa de homicídios aumentou 0,3%. Estima-se que nesse período, 121 mil vidas foram poupadas no Brasil.
Particularmente, entendo que o desvio do foco da discussão tem como objetivo esconder o que está por trás do PL 3722/2012, que dentre as mudanças se propõe a flexibilizar o registro do porte, pondo mais pessoas armadas em circulação no país, afrouxando os antecedentes criminais que proíbem a aquisição de armamento. Além disso, pelas novas regras essas pessoas poderiam ter até nove armas e adquirir 50 munições por mês, por arma. Um sonho de consumo para as indústrias de armas e munições, as mais interessadas na aprovação dessas mudanças.
Artigo escrito por Plauto de Lima, Major da Polícia Militar do Estado do Ceará e presidente da Associação dos Oficiais PM/BM do Ceará.
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Mais uma vez - e sei que haverão muitas outras - uma mentira, uma distorção, escrita por quem não estudou bem o assunto e não sabe nem diferenciar registro de porte, ao afirmar que o PL 3722/2012 visa "flexibilizar o registro do porte"... Isso existe? Registro é uma coisa e porte é outra!
ResponderExcluirSó para começar, gostaria de saber: como foi feito o levantamento das "3,8 milhões em mãos de criminosos"? Eles estão registrando as armas também? O senhor sabe onde tem 3,8 milhões de armas, e mesmo assim, sendo policial, não providenciou a apreensão delas?
E como você pode afirmar que "circulam" 8,5 milhões não registradas? Quer dizer que o cidadão que não renovou o registro, ou que está em processo de renovação do mesmo, circula com a arma pelas ruas?
Tudo falácia!!! Dados baseados em achismos! Mas como o título já nos alerta, são apenas opiniões... A opinião é formada pelo conhecimento - ou falta - de cada um... Nada científico!
Ao tentar embasar "cientificamente" sua opinião, nos trazendo dados estatísticos, mais uma vez você errou, e feio!
O estatuto só passou a valer após a publicação do Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, portanto, qualquer dado anterior a esta data de nada serve para defender o Estatuto do Desarmamento. Mas você afirma que
"nos nove anos anteriores a criação do Estatuto (1995 a 2003), a taxa de homicídios aumentou 21,4%". E como se já não fosse muito, você erra novamente ao afirmar que "nos nove anos seguintes, de 2003 a 2012, a taxa de homicídios aumentou 0,3%". Ora, se nove anos antes era até 2003, como que nove anos após podem começar também em 2003? Tivemos dois anos 2003?
E para completar, afirma que "121 mil vidas foram poupadas no Brasil". Como? Numerologia? Demonstre como foi feita esta "estimativa" falaciosa. Duvido que consiga...
Leia o PL 3722/2012 antes de escrever sobre ele! Onde fala que se ele for aprovado estaremos "afrouxando os antecedentes criminais que proíbem a aquisição de armamento"? Se ele inclusive diz que a pessoa não pode nem estar respondendo por crimes violentos... A lei atual considera apenas os crimes já julgados, encerrados...
Pela sua posição profissional, de funcionário público, é sua obrigação estudar sobre o assunto antes de criticar e sair publicando seus achismos!
E para finalizar, o cidadão ter uma arma para se defender não é "um sonho de consumo para as indústrias de armas e munições", e sim um direito e uma necessidade da população de bem, que paga caro e não tem segurança, que vive trancada com medo dos bandidos. Negar isso é fechar os olhos e ouvidos, e dar as costas a quem paga seu salário e a quem o senhor tem o dever e a obrigação de defender!!!
Mais uma vez - e sei que haverão muitas outras - uma mentira, uma distorção, escrita por quem não estudou bem o assunto e não sabe nem diferenciar registro de porte, ao afirmar que o PL 3722/2012 visa "flexibilizar o registro do porte"... Isso existe? Registro é uma coisa e porte é outra!
ResponderExcluirSó para começar, gostaria de saber: como foi feito o levantamento das "3,8 milhões em mãos de criminosos"? Eles estão registrando as armas também? O senhor sabe onde tem 3,8 milhões de armas, e mesmo assim, sendo policial, não providenciou a apreensão delas?
E como você pode afirmar que "circulam" 8,5 milhões não registradas? Quer dizer que o cidadão que não renovou o registro, ou que está em processo de renovação do mesmo, circula com a arma pelas ruas?
Tudo falácia!!! Dados baseados em achismos! Mas como o título já nos alerta, são apenas opiniões... A opinião é formada pelo conhecimento - ou falta - de cada um... Nada científico!
Ao tentar embasar "cientificamente" sua opinião, nos trazendo dados estatísticos, mais uma vez você errou, e feio!
O estatuto só passou a valer após a publicação do Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, portanto, qualquer dado anterior a esta data de nada serve para defender o Estatuto do Desarmamento. Mas você afirma que
"nos nove anos anteriores a criação do Estatuto (1995 a 2003), a taxa de homicídios aumentou 21,4%". E como se já não fosse muito, você erra novamente ao afirmar que "nos nove anos seguintes, de 2003 a 2012, a taxa de homicídios aumentou 0,3%". Ora, se nove anos antes era até 2003, como que nove anos após podem começar também em 2003? Tivemos dois anos 2003?
E para completar, afirma que "121 mil vidas foram poupadas no Brasil". Como? Numerologia? Demonstre como foi feita esta "estimativa" falaciosa. Duvido que consiga...
Leia o PL 3722/2012 antes de escrever sobre ele! Onde fala que se ele for aprovado estaremos "afrouxando os antecedentes criminais que proíbem a aquisição de armamento"? Se ele inclusive diz que a pessoa não pode nem estar respondendo por crimes violentos... A lei atual considera apenas os crimes já julgados, encerrados...
Pela sua posição profissional, de funcionário público, é sua obrigação estudar sobre o assunto antes de criticar e sair publicando seus achismos!
E para finalizar, o cidadão ter uma arma para se defender não é "um sonho de consumo para as indústrias de armas e munições", e sim um direito e uma necessidade da população de bem, que paga caro e não tem segurança, que vive trancada com medo dos bandidos. Negar isso é fechar os olhos e ouvidos, e dar as costas a quem paga seu salário e a quem o senhor tem o dever e a obrigação de defender!!!