Letalidade e morte de policiais brasileiros: problemas a serem enfrentados


Recentemente, em novembro deste ano, foi lançada a 8ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Nos dados gerais, são ressaltados os 1.170 policiais mortos nos últimos 5 anos (2009-2013) e também as 11.197 mortes causadas por policiais no mesmo período. O autor do texto do Anuário enfatiza que as polícias brasileiras mataram a quantidade de pessoas equivalente ao que as polícias dos Estados Unidos mataram em 30 anos. O que o Anuário não mostra é que, de 2004 a 2013, o dobro do período citado na pesquisa brasileira, 511 policiais estadunidenses morreram, o que é um número alto, mas inferior à metade do quantitativo brasileiro; os dados são do FBI. (Veja aqui)

O que tem sido constatado é que, na verdade, a escalada bélica tem números que mostram a desastrosa política brasileira de segurança pública. Está na hora de policiais, acadêmicos e a sociedade brasileira em geral perceberem que o caminho da guerra e do enfrentamento direto tem gerado mais vítimas que sucesso.

Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro recebe honras militares em seu enterro.
Apenas neste ano, mais de 100 PM's morreram no estado. (Foto: Jornal do Brasil)


São necessárias, principalmente, ações de inteligência policial e investigações. Aliada a tais medidas, uma reformulação no modelo de organização das polícias, e da própria política criminal, que tem se mostrado ineficaz em diminuir os índices de violência, apesar do aumento de mais de 400% no número de encarceramentos no Brasil nos últimos 20 anos.

Caso contrário, continuaremos nesta guerra cujas principais vítimas são os pobres, policiais ou não, que perdem as suas vidas diariamente.


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