O excelente discurso do comandante geral da PMERJ aos novos oficiais.
No dia 14 de
novembro deste ano, o comandante geral da Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro, coronel Ibis Silva Pereira, palestrou, junto com ativistas e
pesquisadores do movimento negro, para a turma de cadetes que finalizam o 3º
ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO), que serão aspirantes a partir de
janeiro de 2015.
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| Coronel Ibis, Comandante Geral da PMERJ. (Foto:Urbano Holanda/Agência O Globo) |
Chamou a
atenção, até mesmo dos especialistas do movimento presentes, a propriedade e o
conhecimento demonstrados pelo Coronel Ibis, além de sua preocupação com os
Direitos Humanos e com as boas práticas policiais. Vale a pena ler o que o
jornalista e sociólogo Marcos Romão escreveu em seu blog sobre o discurso do
coronel:
O escutei falar para seus alunos, os
novos oficiais da PM, que eles haviam aprendido o que era Dignidade Humana que
eles terão a obrigação de defender na sua nova profissão de policial. Disse que
policial é para defender a dignidade humana e a vida de todos. Que a condição
humana da pessoa, continua a existir, mesmo quando ela comete um crime. Que um
policial deve ser rigoroso ao prender, mas que sempre respeite a legalidade
democrática. Quem não respeita a dignidade humana pode ser tudo, menos um
policial.
Creio que a sociedade como um todo, só
espera isto. Pois tendo dignidade e sendo respeitado o direito à vida que cada
um tem, toda a sociedade, inclusive os policiais poderão viver sem medo de seus
familiares, amigos e vizinhos.
Quando lemos tais palavras e ouvimos o discurso
do coronel Ibis, percebemos que podemos sim, ter esperanças e continuar lutando
por mudanças e por uma nova polícia, cada vez mais adequada ao Estado
Democrático de Direito.
O Policial Pensador se alegra e parabeniza o
coronel Ibis, desejando que ele continue disseminando suas
palavras, dentro e fora da corporação.
Ouça aqui o discurso do coronel Ibis na
íntegra:
Tudo falácia!
ResponderExcluirJá que ele está tão preocupado assim com a dignidade da pessoa humana, porque ele não defende e apoia a desmilitarização?
Como os Soldados irão tratar com dignidade as demais pessoas se, nos quartéis, são humilhados e sofrem assédio moral à todo instante, podendo, inclusive, serem presos? Isso, aí, ele não fala...