TRÊS SUGESTÕES DO POLICIAL PENSADOR AOS NOVOS GOVERNADORES, PARA A MELHORIA DA SEGURANÇA PÚBLICA.


Tendo em vista a proximidade do dia 26 de outubro de 2014, quando teremos o segundo turno das eleições para presidente da república e governadores dos estados brasileiros, o Policial Pensador apresenta, com base em mensagens de seus leitores, três sugestões aos governadores que serão eleitos para o exercício do mandato a partir de 2015. Por serem bastante simples, acredito que podem ser implementadas em qualquer estado da federação, com vistas a melhorar um pouco a qualidade de vida destes profissionais e, consequentemente, o serviço por eles executado.


1.            Valorizem os profissionais.

Polícia Militar do Ceará (imagem: www.politicacomk.com.br)
Um dos principais problemas reclamados por policiais é a falta de valorização profissional. É importante dizer que essa valorização passa pela questão salarial, mas não se trata apenas do valor que está no contracheque a cada mês. Os governadores poderiam, por exemplo, subsidiar planos de saúde ou mesmo construir hospitais voltados para esses profissionais. Da mesma forma, a questão da moradia. Uma linha de financiamento para compra de imóveis com isenção de impostos ou descontos seria uma boa solução.
Ainda no âmbito da valorização e como principal política estão os planos de cargos e carreiras. Quando uma categoria de profissionais da segurança pública ganha exorbitantemente mais que as outras, o governante está passando a mensagem de que a primeira é mais importante que as demais, desestimulando os profissionais e criando ainda mais divisões no sistema de segurança pública.


2.            Integrem as políticas públicas.
Já é um discurso conhecido que segurança pública não pode ser feita apenas com a polícia. Ocorre que em diversos lugares, especialmente os mais pobres,  a polícia é a única presença do Estado sentida. São comunidades e favelas sem saneamento básico, escolas, quadras de esportes, postos de saúde ou qualquer outra política social. Nestes mesmos lugares é que ocorrem com maior frequência os abusos do poder policial, como mandados de busca e apreensão coletivos, violência e outros desmandos.
Tentar amenizar o sofrimento dessas comunidades não é garantir apenas a presença da polícia nesses locais. É por isso que deve haver um gabinete vinculado diretamente ao governador que integre todas as políticas públicas, inclusive a segurança.

3.            Tornem as instituições mais democráticas.

As instituições de segurança pública lidam com questões delicadíssimas, tais como conflitos de valores entre liberdade e segurança e ainda são responsáveis por reconhecer, assegurar e efetivar os direitos, garantias e liberdades individuais em favor da ordem pública. Para que isso ocorra, os profissionais devem ser plenos de direito, para que realmente acreditem na democracia e na ordem jurídica.
O fortalecimento das associações, com a criação de uma mesa de diálogo permanente com elas, evitaria um conflito repentino com as categorias. A consulta dos profissionais no tocante às grandes decisões (mudanças de uniforme ou de modelo de viaturas, por exemplo), também poderia ser implementada facilmente.
Sonhamos com o dia em que as polícias estarão mais perto do povo, com eleição de seus chefes e com canais abertos para a participação social na elaboração e no acompanhamento das políticas de segurança.




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