Raul Seixas, Polícia e a Ditadura

Hoje, 28/06, Raul Seixas faria 72 anos se estivesse vivo. Vale relembrar que o Departamento de Polícia Federal abrigou a partir do início da década de 1970 a Divisão de Censura e Diversões Públicas - DCDP, que só foi desativada em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal, que pôs fim à censura. Saiba mais sobre a famigerada Divisão aqui.

Na imagem abaixo vemos uma ficha da canção Mosca na Sopa, do álbum Krig-ha, Bandolo!, primeiro grande sucesso de Raul Seixas, em 1973, com a conclusão dos técnicos da censura: "Em que pese a estupidez e o mau gosto, somos pela liberação, já que não atinamos a comprometimentos outros", permitindo, portanto, a divulgação da obra.


Já na segunda imagem, temos um trecho da dissertação de mestrado "É o meu parecer: censura política à música de protesto nos anos de chumbo do regime militar do Brasil (1969-1974)", feita no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, na qual o autor afirma que, na referida canção, Raul utiliza metáforas para fazer sua crítica ao regime militar.


Apesar de ainda hoje haver políticos que exaltam o período da ditadura, temos vários policiais pensadores que não suportam e rejeitam quaisquer tipos de ditaduras ou autoritarismos. A função policial é, também, a de defensor das liberdades e da justiça. Relembramos o fato apenas para que jamais aconteça novamente. 

Capa do álbum Krig-ha, Bandolo!


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Um comentário to ''Raul Seixas, Polícia e a Ditadura"

Comentarios
  1. Acabo de descobrir este excelente blog. Parabéns! Incrível é constatar que o Decreto-Lei 1077/70 nunca foi revogado expressamente... e talvez por isso é que tenhamos recriminações e apreensões de obras de arte acontecendo nesses dias inglórios. Definitivamente, nossa sociedade caminha para o passado em passos largos.

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