Ex-oficial da PM sugere “fugir” da vida militar

Walderlei Maia, que é técnico ministerial do Ministério Público do Ceará, publicou em seu blog, especializado em notícias sobre concursos, um artigo chamado “Concursos Militares: 5 motivos para você fugir deles”. O fato não chamaria atenção, senão por um detalhe: Walderlei era, há poucos anos, tenente da Polícia Militar.

Foto tirada durante os protestos de junho de 2013  (Fonte: Ernesto Carriço / O Dia)
O autor deixa bem claro em seu artigo que reconhece a importância do trabalho desses profissionais de segurança pública, “que arriscam a própria vida para defender a sociedade”, escreve. O objetivo de seu artigo, conforme se vê ao longo dele, é mostrar as dificuldades de quem abraça a vida de policial militar.

Assim, listamos os motivos citados por Walderlei em seu artigo: 
1.            Prisão Administrativa;
2.            (A proibição ao direito de) Greve;
3.            Stress;
4.            Desvalorização;
5.            (Falta de) Liberdade de expressão.

Como se pode notar, os motivos elencados pelo autor têm forte relação com o caráter militar dessas corporações policiais. O ex-tenente Walderlei já falou em entrevista para o Policial Pensador, na qual contou um pouco sobre sua carreira na PM e os motivos que o levaram a sair dela. Veja aqui.

O que nós, do Policial Pensador, temos a dizer é que a polícia não precisa ser assim. É possível a existência de uma polícia e uma política de segurança pública desmilitarizada, com mais direitos para o policial e um melhor tratamento à sociedade. Somente um trabalhador da segurança pública pleno de seus direitos de cidadania poderá reconhecer e garantir direitos dos demais cidadãos.

Conheça alguns mitos sobre a desmilitarização aqui.

Veja o artigo do ex-oficial PM Walderlei Maia, na íntegra, aqui.

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5 comentários to ''Ex-oficial da PM sugere “fugir” da vida militar"

Comentarios
  1. Enquanto muitos da tropa, inclusive oficiais, amarem o militarismo (onde alguns clamam até por uma volta da ditadura militar) estaremos longe de sermos uma polícia ideal, tanto para a sociedade como para o próprio policial. Não há motivo algum, (senão oprimir) insistirmos na militarização das polícias.

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  3. Nossos superiores para não contrariarem o governo, punem subordinados, mesmo que ele esteja certo, só para dar satisfação ao político. Aconteceu comigo. São arbitrários. Conduzi um procurador estadual alcoolizado pego em flagrante para Delegacia, abriram uma sindicância e diziam que eu seria punido. Graças a um advogado envolvido na ocorrência, que ameaçou acionar a justiça contra o comando da PMPE, na época, a sindicância foi arquivada.

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  4. Nossos superiores para não contrariarem o governo, punem subordinados, mesmo que ele esteja certo, só para dar satisfação ao político. Aconteceu comigo. São arbitrários. Conduzi um procurador estadual alcoolizado pego em flagrante para Delegacia, abriram uma sindicância e diziam que eu seria punido. Graças a um advogado envolvido na ocorrência, que ameaçou acionar a justiça contra o comando da PMPE, na época, a sindicância foi arquivada.

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